Pessach 2025: O Reino de Deus avançando sobre a terra.


 

A Páscoa é o plano da redenção.

Começou na Saída do Egito, se ressignificou na cruz nos redimindo de forma mais completa, mas os processos redentivos são cíclicos.

“E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.” Exôdo 12:14.

O sentido da festa não é apenas contar a história mas cumprir um mandamento sem prazo de validade que nos faz não apenas lembrar do passado mas acessar milagres no presente e nosso destino futuro de libertação integral e alcance pleno do que Cristo conquistou para nós na cruz.

 

Talvez você possa me perguntar: se o título do Texto é Pessach que é a libertação de Israel do Egito, porque a introdução do texto já começa a falar sobre a Páscoa que é festa que lembra a morte e ressurreição de Jesus para os Cristãos?

A separação ocorreu gradualmente, principalmente a partir do Concílio de Niceia (325 d.C.), quando a Igreja cristã definiu uma data fixa para a Páscoa, distinta do calendário judaico do Pessach.

Esse foi o grande divisor de águas:

O imperador Constantino, um Sérvio Romano que estatizou pela primeira vez o cristianismo e os bispos cristãos decidiram unificar a celebração da Páscoa cristã numa data fixa (o primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera).

Também decidiram não mais seguir o calendário judaico, marcando a separação oficial.

Constantino declarou:

“Não devemos ter nada em comum com os judeus, pois o Salvador nos mostrou outro caminho.” 

Esse afastamento não se deu por questões teológicas, mas por motivos culturais e políticos, antissemitismo e autoafirmação de poderio militar marcando a autonomia do cristianismo em relação ao judaísmo.

Mas como bem diz o pastor batista, teólogo, linguista, tradutor bíblico e hebraísta brasileiro, Luiz Sayão: 

“Sem Israel, a Bíblia não sai do papel.”

Unir as duas celebrações então não é apenas um resgate espiritual que o próprio Espírito Santo tem soprado sobre nós mas o entendimento de que Pessach é o berço e a Pascoa é a desenvolvimento e início da Era do Reino. É a continuidade da mesma história e uma não pode ser completamente entendida sem a outra.

A Pessach não é uma festa de apenas um dia, ela dura uma semana inteira.

Neste ano de 2025 ela começa no dia 12 e termina no dia 20, exatamente no dia da Páscoa Cristã — e isso tem um peso espiritual enorme.

 

20 de abril de 2025, um domingo, será um grande encontro das duas histórias de libertação mais importantes de toda humanidade.

 

Pessach conta a saída do povo de Israel do Egito. Foi o início de uma caminhada com Deus, cheia de milagres e recomeços. 

Já a Páscoa cristã aponta pra ressurreição de Jesus — vitória sobre a morte, vida nova, promessa cumprida.

 

Agora pensa: o último dia de Pessach marca o milagre do Mar Vermelho.

Não foi só sair do Egito — foi ver a escravidão ficando pra trás, afogada. 

E a Páscoa? Marca o terceiro dia. Quando a pedra rolou e a esperança venceu.

 

Duas histórias de libertação. 

Dois milagres que apontam pra um mesmo Deus que abre caminhos onde não tem.

Que liberta, ressuscita e faz tudo novo.

 

Em Pessach a libertação começa, na Páscoa ela se cumpre e ambas se concluem num mesmo dia em 2025.

É como se o céu dissesse: "a libertação foi completa!" A promessa está de pé.

Este momento simboliza isso.

 

Que a gente não perca isso de vista.

Que nesse tempo, nossa fala seja alinhada com o que Deus está fazendo.

Não é só sobre lembrar uma história antiga. 

É sobre viver agora o que Ele ainda quer transformar em nós.

As duas Páscoas juntas profetizam que em breve teremos uma terceira Páscoa histórica: a volta de Jesus como Rei para julgar e governar as nações.

Elas são um preparo para um propósito que se inicia.

“Quando judeus e crentes gentios observam a Páscoa ao mesmo tempo – mesmo em locais diferentes – de acordo com o calendário de Deus, a atmosfera espiritual é agitada e o poder de Deus é liberado...Você está enxertado na Oliveira e é hora de reivindicar a sua herança.” Curt Landry

- “E se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa.” 

– Gálatas 3:29.

 

Nosso Abril é Nissan e o sentido do mês de Nissan: Dibur (דיבור) – Fala

A fala tem um peso enorme nesse tempo. 

Em Nissan, a redenção começa com uma Palavra.

Deus liberta o povo de Israel não só com sinais, mas com promessas faladas — e nos convida a fazer o mesmo: usar nossa voz pra transformar realidades.

“Em Suas mãos eu Entrego o meu Espírito!” 

Ninguém o matou, o Pai não o obrigou. 

Jesus mesmo se entregou e deixou isso claro em sua última frase na cruz. O último ato é uma fala!

Inclusive, o nome da festa Pessach (פסח) pode ser lido como "Peh Sach" – boca que fala. 

Não é só sobre sair do Egito, é sobre falar o que o céu está dizendo.

 

Desde o começo, tudo foi criado assim: 

_"E Deus disse: Haja luz."_ (Gênesis 1:3)

 

Ou seja, a fala tem poder criativo.

Ela traz à tona o que ainda não existe no visível. 

E nesse mês, somos lembrados de que a nossa boca pode criar, abençoar e abrir caminhos de libertação — pra nós e pra outros.

 

Falar alinhado com o coração de Deus é mais do que oração bonita. 

É participar da redenção.

 

Quero fazer a minha participação criativa hoje com o significado duplo da palavra Nun com som de N que significa milagres e que existe duas vezes em Nissan e em Nathalia Nunes:

Que em sua vida haja milagres em cima de milagres.

Eu acredito em milagres e eles estão acontecendo outra vez!

Feliz Pessach, feliz Páscoa, feliz Preparo para o Retorno do nosso grande Rei!

O Reino de Deus se levanta e avança sobre a terra!



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